John Green. O queridinho do momento.
De uns tempos pra cá, parece que todos os blogueiros literários resolveram se apaixonar por esse escritor.
E bom, eu nunca havia lido John Green... Mas queria saber o porquê dessa babação toda!
Foi então que eu li Cidades de Papel e descobri que... Estou velha demais pra isso.
O livro conta basicamente com dois personagens principais (Quentin e Margô) e os melhores amigos do Quentin (Ben e Radar). Claro que tem outros personagens, mas eles não tem importância.
Eu adorei os meninos, ri bastante, me diverti e me identifiquei. Mas se teve alguém que eu detestei, foi essa tal de Margô.
E o problema é que a história inteira gira em torno dessa garota... Então fica meio difícil eu gostar de uma história que fala quase o tempo todo sobre uma personagem que eu odiei, né minha gente?
A menina é extremamente egoísta, infantil, com propósitos furados, egocêntrica e CHATA! Sabe aquele típico "rebelde sem causa"? Aborrescente que precisa chamar atenção? Pois é.
Mas ok! Tirando o fato da personalidade da Margô ter estragado o livro, a obra levanta um questionamento muito interessante: O quão frágil é a relação que temos uns com os outros. Ou seja, o fato de nós acharmos que conhecemos muito bem as pessoas que convivem conosco, quando na verdade nós só conhecemos superficialmente e nem nos damos conta disso. Muitas vezes achamos que sabemos tudo sobre alguém, muito embora só conseguirmos enxergar a "casca" da criatura. Resumindo, uma pessoa que aparenta ser segura e destemida, pode na verdade ser um "cagão". E vice-versa.
Concluindo:
Cidades de Papel é divertido, nos faz pensar e contém uma leitura super leve... Porém com esse "pequeno" problema da protagonista ser absurdamente insuportável.
Mas não posso negar, dei várias risadas ao longo da leitura! E o prólogo do livro é muito, muuuuito bem escrito! O que me leva a crer que ainda não desisti do John Green! =D
Fica a questão: Será que é tão difícil assim fazer um livro YA sem ter necessariamente um romancezinho? Sem ser tão bobinho? Ou seria essa justamente a característica que determina um livro como YA?
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